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Lista de discussão como apoio ao desenvolvimento de trabalho em História da Arte para curso de Graduação.
Autor: Jurema Luzia de Freitas Sampaio-Ralha [1] - ju@jurema-sampaio.pro.br

Resumo:

Este trabalho relata, de forma objetiva, a efetiva contribuição de um grupo de discussão temático, na Internet, orientado sob forma de Comunidade Virtual de prática, à prática profissional de uma professora, na elaboração de uma atividade realizada em sala de aula, com seus alunos, discutida, planejada e elaborada com apoio de discussões feitas neste grupo. Do surgimento do problema aos resultados obtidos com a atividade proposta e elaborada com base nas sugestões feitas, todo o processo de elaboração é narrado de forma simples, e ilustrado com as mensagens trocadas na lista e os trabalhos produzidos pelos alunos.

Palavras-chave: Lista de discussão, ferramentas colaborativas para EaD, Arte-educacão.

Abstract:

This work tells, of objective form, about the effective contribution of a thematic discussion group, in the Internet, guided of Virtual Community into works of a teacher, in the elaboration of an activity carried through in classroom, with its pupils, argued, planned and elaborated with support of discussions made in this group. Since the sprouting of the problem to the results gotten with the activity proposal and elaborated on the basis of the suggestions, all the elaboration process is told like simple way, and is illustrated with the messages changed in the list and the works produced for the pupils.

Key words: Discussion groups, e-learning collaborative tools, and art education.

O Contexto

Este trabalho foi desenvolvido entre fevereiro e dezembro de 2002, assumindo a responsabilidade sob a disciplina História da Arte, a ser lecionada no primeiro período, do primeiro ano, de um Curso de Comunicação Social, Habilitação Publicidade e Propaganda, de uma Faculdade particular, no Interior do Estado de São Paulo (Jundiaí).

A ementa [2] e os objetivos[3] da disciplina visavam dar uma visão geral da história dos movimentos artístico, desde a pré-história até os dias atuais, sem que deixasse de fazer desejadas associações com a propaganda. Para tanto, o programa da disciplina procurou contemplar: História da arte - Da pré-história à pós-modernidade, em seus principais momentos expressivos, principalmente, na formação da visualidade contemporânea e no entendimento dos processos de criação e assimilação imagéticos, com ênfase nos pontos onde arte e propaganda se cruzam ao longo da história da arte e da humanidade. Mantendo um olhar sobre a arte como ferramenta, havia a proposta de debate pensada como Arte no Século XXI: para onde vamos?

Dentro da proposta da Faculdade de adotar um “livro texto” para cada disciplina, livro este que os alunos deveriam adquirir e que deveria ser seguido como orientação de conteúdo, foi escolhido o livro Arte Comentada: da Pré-História à Pós-Modernidade [4], acompanhado de uma bibliografia [5] de apoio formada por títulos que visavam complementar a obra principal, oferecendo alternativas e caminhos de pesquisa aos alunos.

Durante todo o primeiro bimestre do ano letivo, o programa foi cumprido “à risca”, de acordo com as exigências da coordenação. As aulas foram preparadas buscando a relação, proposta desde o início, entre arte e propaganda, e desenvolvidas utilizando todos os recursos audiovisuais disponíveis, bem como multimídia e Internet. Os resultados vinham se mostrando satisfatórios, a média da turma (por estudos feitos pela coordenação pedagógica do curso) estava acima do esperado e os alunos pareciam responder bem à proposta, desenvolvendo trabalhos pedidos (até então, somente pesquisas teóricas) e com um índice de faltas pequeno, mesmo a disciplina sendo no segundo horário (iniciando-se às 21h00) de um curso noturno.

Cabe ressaltar que o perfil sócio-cultural dos alunos, levantado pela faculdade quando de suas matrículas, era formado de alunos numa faixa de idade entre 18 e 25 anos (predominantemente), classe média (B e C, com ligeiro predomínio da B), com o curso sendo sua primeira opção no vestibular e muitos já desenvolviam trabalho na área publicitária (cerca de 20%) ou áreas afins (gráficas, bureau, etc.).

No início do segundo bimestre, mantendo o cronograma de aulas, iniciamos o século XX e aconteceu um fato curioso. Ao pedir um trabalho prático (execução de um cartaz de PDV – Ponto de Venda), com a aplicação estética de um dos movimentos artísticos aprendidos, foi dada, aos alunos, liberdade de escolha de qualquer das técnicas para execução, lembrando somente a necessidade da peça a ser desenvolvida, ser passível de reprodução seriada (cópias) pelo caráter de peça de publicidade. Neste momento aconteceu algo interessante. A totalidade da turma tornou-se inquieta e apreensiva quanto aos resultados esperados. Notei a inquietação pela quantidade de alunos que, ao fim das aulas, me procurava para pedir “mais esclarecimentos” sobre o que era pedido no trabalho. Pedindo para falar em particular, o representante da turma informou que, simplesmente, eles desconheciam o que eram “técnicas de reprodução seriada”. Mesmo os que desenvolviam trabalhos em gráficas, não souberam associar, nem mesmo as técnicas de silk screen e gravura ao termo. Propus, em sala, um debate, com a finalidade de localizar onde se encontrava o “problema” de fato, e ficou claro, neste debate, que eles simplesmente não diferenciavam gravura, pintura, desenho, enfim, as técnicas artísticas em geral.

Curiosa e intrigada, pois já havíamos inclusive feito uma visita à XXV Bienal de São Paulo, perguntei informalmente, como acreditavam que se faziam as reproduções dos cartazes de Toulouse Lautrec, quando os apresentei em sala ao falar do Impressionismo, e a surpresa foi maior ao constatar que para a totalidade dos alunos, as obras do referido artista eram PINTURAS. Eles classificavam TODAS as obras de artes visuais como “quadros” e nessa categorização, absolutamente tudo era considerado pintura e o termo ‘gravura’ remetia, à quase totalidade da turma, à associação com “imagem”, ou “estampa”. Alguns relacionaram com “figurinhas”, dessas de álbuns infantis e eles desconheciam como reproduzir, de forma seriada, essas peças, de modo “artístico” (como ressaltaram), sabendo somente fazer cópias reprográficas ou digitais.

Este fato levou-me a solicitar, junto à coordenação de curso, uma reorganização curricular do programa, afim e que pudéssemos encaixar uma aula prática de Oficina de Gravura, para solucionar, pelo menos em parte, o problema. Pareceu-me crucial que alunos de Publicidade soubessem diferenciar, e mesmo saber o que eram os processos artesanais de reprodução seriada de conteúdos.

Desta forma, com autorização da coordenação, foi feito um estudo de possibilidades e viabilidade, e acrescentada uma aula no programa na vigésima terceira aula do programa, mantendo as trinta e seis aulas previstas para a totalização das horas/aula designadas para a disciplina. Esta aula foi chamada de “Oficina de Gravura: aplicação de conceitos estéticos”. Porém um problema “prosaico” surgiu. Embora seja graduada, pós-graduada e mestre em artes plásticas e ensino de arte, minhas áreas de atuação (artística pessoal e pesquisa), contemplam escultura e arte digital, não tendo experiência consistentes em técnicas de gravura somente tendo cumprido, academicamente, os créditos necessários durante minha formação, porém sem nenhum brilhantismo ou mesmo pesquisa de aprofundamento, além das técnicas e materiais propostos pelos professores.

O passo seguinte foi, então, a pesquisa de técnicas e custos para desenvolver, com a turma, as formas tradicionais de gravura que eu havia aprendido na graduação, porém, como não se tratava de um curso de artes visuais ou plásticas, ponderou-se que seria dispendioso demais pedir que adquirissem materiais e ferramentas somente para uma aula. Surgiu a necessidade de encontrar técnicas e materiais alternativos, de baixo custo, mas que possibilitassem resultados significativos, no sentido do entendimento da possibilidade de reprodução seriada por impressão.

O grupo de discussão.

A lista de discussão Arte-Educar é parte de um projeto chamado Projeto Arte-Educar (http://www.arte-educar.art.br), surgido em 1999, e autodefinido como: “Uma comunidade de professores de arte e artistas, um cantinho onde não há um dono, onde não há um único sábio, onde não há uma ordem e nem uma desordem... Construindo idéias em conjunto, pensando projetos, o grupo de participantes tem, na Internet, um meio para se atualizar”.

Este grupo, formado por artistas, professores de arte e simpatizantes, mantém uma troca de mensagens, por e-mail, diária, desde 03 de agosto de 1999, quando foi iniciado. Entrei para o grupo em abril de 2000, por convite, mas as adesões são totalmente livres e, para fazer parte, basta solicitar sua inscrição no endereço eletrônico do grupo.

Atualmente o grupo conta com 200 associados [6], mantém um fluxo mensal e, em média, 250 mensagens/mês, dando a oportunidade aos seus membros de receber em sua caixa postal as mensagens, uma a uma, conforme são postadas; um resumo diário com todas as mensagens circulantes e também a opção de não receber mensagens, podendo acessar as que circularam diretamente na página do servidor de hospedagem da lista. Deste modo, os usuários têm a opção de escolher a forma que mais convenha às suas necessidades e disponibilidades.

Durante a XXV Bienal de São Paulo, o grupo fez seu primeiro encontro presencial, reunindo participantes de alguns estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, para uma visita conjunta ao evento e, também, participar do lançamento do livro organizado pela da Profª. Drª. Ana Mãe Barbosa, Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte[7], na bienal do livro. Estiveram presentes a este evento, diversos membros do grupo e, principalmente, as autoras de trabalhos constantes no livro. Também faz parte das atividades do grupo a redação coletiva e totalmente virtual de trabalhos acadêmicos, com base nas discussões temáticas que acontecem. Muitos desses trabalhos são já foram apresentados em congressos, workshops e eventos de natureza acadêmica, pelos membros que manifestam vontade de participar.
 
 

Fig. 01. Membros da lista Arte-Educar, no lançamento do livro organizado por Ana Mae, durante a bienal do livro de São Paulo.

O apoio do grupo de discussão.

Como ação inicial, e devido ao pouco tempo para uma elaboração mais profunda de pesquisa, recorri ao citado grupo de discussão postando a seguinte mensagem:

[...] Estou falando muito de gravuras e gravuristas em sala recentemente, e os alunos tem se mostrado interessado em conhecer mais... Tô pensando em fazer algumas experiências em sala com eles mas é um curso teórico... História da Arte. Embora a coordenadora seja fantástica e super aberta, não queria transformar em ‘oficina' de gravura, até pq é uma faculdade de comunicação, não de arte, mas uma atividade p/ entenderem o processo.

Alguém já trabalhou com gravura em sala, de modo BEM simples? Tem indicação de projeto, técnica, proposta nesse sentido? Características da minha turma: 1º ano de publicidade e propaganda, sem muito conhecimento de arte. Um grupo conhece um tanto de idade média, porque joga RPG, mas conhecem muito pouco, ou quase nada de ferramentas e técnicas. Como gravura nunca foi meu "forte" na faculdade, tenho somente experiências minhas, e é MUITO material para indicar por uma coisa que pretendo que seja simples, mais para entender os processos. Os gravuristas da lista tem alguma experiência nesse sentido? Algo como "apresentar" a gravura, fazendo gravura, através de uma técnica de fácil execução?

As respostas, com dicas, sugestões e idéias, foram aparecendo, algumas no mesmo dia. Outras se seguiram ao longo da semana. A primeira elas foi a seguinte:

[...] Não sei se minhas dicas vão ajudar. Eu adoro gravura e já fiz algumas xilos utilizando barbantes, papelão, na parte de dentro que é ondulado, e na parte lisa. Procure por materiais que produzam volumes, texturas diferentes e consigam as camadas para colocar a tinta. A tinta que usei (preta) foi à indicada para xilo e foi passada com o rolinho.

Em seguida:

[...] eu trabalho gravura da mesma forma que Heloisa, com papelão ondulado, onde você tem três possibilidades: a parte lisa, a ondulada, quando destaca só a camada lisa de cima, ou ainda fazendo vazados, recortando e destacando o liso e o ondulado. Outra possibilidade é barbante sobre papelão. Algo mais de linhas, ou algumas texturas básicas. Ainda em substituto ao papelão, dá para usar bandejinhas de isopor, entalhadas. Para estes exemplos, não há necessidade de ser tinta de gravura, um rolinho e até guache, bem pastoso, servem. Se quiser algo menos reaproveitado, dá para fazer linóleogravura. Nunca fiz esta, mas uma amiga dava oficinas disto, posso perguntar a ela onde se compra o material. É bastante mole para ser entalhado. Um bom material, para professores, está no site do ICI, anote o endereço: http://www.ici.org.br/index.cfm?cd_pagina=185, clique no link do Ateliê de gravura.

Ainda:

[...] A forma mais simples de gravura é a monotipia (tirar uma única copia). Você pode fazer com guache mesmo, mas tem que ser sobre uma superfície não absorvente como por exemplo o vidro ou a fórmica. Trabalhar com a xilogravura não é tão complicado assim e da tanto prazer. Se você tiver dificuldade para conseguir a madeira pode ainda fazer a linóleogravura (que é sobre a borracha, o linóleo). Pesquise sobre gravura em: http://www.iar.unicamp.br/cpgravura e www.cantogravura.com.br.

Outra sugestão apareceu nesta mensagem:

[...] Se querem alternativas práticas para trabalhar gravura, tenho algumas. Pode-se fazer xilos no sabão em barra, é fácil pra gravar, pode ser até com o próprio lápis e tirar algumas cópias com tinta guache mesmo, bem encorpado e com um pouco de detergente pra retardar a secagem, fica muito interessante. Fazer monotipias com materiais que estiver ao alcance da garotada também é legal, como folha seca, tampinha papel de bala e depois re-trabalhar com outros materiais também é uma outra opção. Monotipia com tinta a óleo também fica lindo e é em mais fácil de trabalhar co que tinta gráfica. Bom, é isso...

E outra, ainda:

Você pode também fazer a argilogravura: em uma plaquinha de argila, pode-se cavoca e fazer várias texturas, pode passar tinta com ela ainda mole, com um rolo, e colocar papel em cima.

E, por fim, esta:

[...] Vi alguns professores trabalharem com gravura usando bandejinhas de isopor como base (estas bandejinhas que vem presunto, frios, etc). Eles ensinam a criançada a fazer sulcos (sem furar) neste isopor, com uma ponta seca e usam guache mesmo como tinta. Guache é meio complicado de pegar no isopor, não fica tão bonito, mas é bem acessível. Com tinta a óleo fica mais legal, mas sai mais caro.

Com tantas dicas e indicações de pesquisa em mãos, foi iniciada a montagem do plano de trabalho. Para tanto, foi feita a opção por trabalhar com quatro técnicas diferentes (para dar mais opções aos alunos), de experimentação de resultados, visto que este era o principal objetivo da proposta. Pela facilidade de encontrar os materiais e seu baixo custo, as técnicas escolhidas foram: 1. Monotipia com folhas de vegetais, 2. Gravura simplificada (papelão e barbante), 3. Xilogravura em barras de sabão e 4. Xilogravuras com bandejas de isopor.

Foi feita uma lista de material, dividido entre de uso coletivo[8] e individual[9]. Os alunos optaram por trabalhar em grupos e dividiram-se por afinidades pessoais. Durante os trabalhos, apresentaram uma identificação e interesse surpreendentes. Não foram raras expressões de contentamento do tipo “Professora! Isso é muito legal!”, e “Nossa, eu nunca fiz nada assim antes!”. Ao fazer a primeira cópia de sua matriz de sabão, uma aluna exclamou: “Nossa, fica ao contrário!” e outro aluno, perguntou: “Professora, carimbo também é gravura?

Todo o processo da oficina foi fotografado e pode ser visto, parcialmente, nas amostras abaixo[10].
 
Fig. 06, 07, 08 e 09, alunos trabalhando na produção das gravuras.

O que ficou bastante evidente foi o envolvimento deles com o trabalho e os resultados foram muito melhores que os esperados!

Os trabalhos foram expostos na Faculdade, durante o evento chamado, Iª Semana de Publicidade e Propaganda[11] e, com a autorização dos alunos, seus trabalhos e suas fotografias foram publicados, em um website[12]. Abaixo são mostrados alguns dos trabalhos de alunos sendo três de cada técnica desenvolvida durante a oficina. No website da exposição foram expostos quarenta e quatro trabalhos.

Trabalhos desenvolvidos com matriz feita com bandejas de isopor.
 

Fig. 10. Fernanda Baiochi.

Fig. 11. Adeline Alves.

Fig. 12. Valnei Veroneze.

Trabalhos desenvolvidos com matriz feita com retalhos de papelão.
 

Fig. 13. Carlos Soares.

Fig. 14. Mari France Burch.

Fig. 15. Marcelo Silveira.

Trabalhos desenvolvidos com matriz feita de folhas de plantas.
 

Fig. 16. Eliel Gonçalves.

Fig. 17. Tatiane Alvarez.

Fig. 18. Fabiana Quinquio.

Trabalhos desenvolvidos com matriz feita com sabão em barra.
 

Fig. 19. Valnei Veroneze.

Fig. 22. Everton Baria.

Fig. 21. Marcelo Silveira.

Resultados

Ao término das atividades em sala, depois do website pronto, os trabalhos foram exibidos aos colegas de lista de discussão e, a seguir reproduzo (sem a autoria, preservando a identidade[13]), alguns dos comentários dos colegas de lista.

Adorei as fotos de sua oficina! Fiquei reparando nas expressões de seus alunos, como eles estavam felizes!

Fiquei encantada!!! Parabéns para você e para seus alunos parabéns duas vezes (pelos trabalhos e por serem seus alunos!)

[...] achei que ficaram lindas !!!

1º lugar - Mônica Paixão (folhas) - Prêmio: dois super beijos (você dá por mim)
2º lugar - Gabriela (papelão) - Prêmio: um super beijo (idem)
3º lugar - Marcelo (sabão) - Prêmio: um beijo e um abraço (idem)
Demais participantes: um viva da turma da lista !

[...] Parabéns... para os alunos e para você, para você por pelo menos três motivos: Ter tido a coragem de trabalhar com este recurso, que raramente é utilizado em uma universidade, normalmente só os professores de Creche ou Ensino Infantil, utilizam. Você mostra que é possível trabalhar qualquer recurso, basta que o professor saiba o por quê esta usando este ou aquele recurso e não apenas a técnica pela técnica; Por ter tido a humildade de perguntar, pedir ajuda, debater e aceitar colaborações. Acho que é exatamente para isso que existe uma comunidade. Se não pudermos trocar nossas experiências [...] entre nossos pares, não existe a necessidade de termos esses pares. E por ter registrado o trabalho e divulgado. [...] Só assim, podemos mostrar que o trabalho existe. [...] O fato de registrar o trabalho, e' importante para o aluno, que passa a dar muito mais valor para aquela experiência, ele pode dizer, "eu tenho meu trabalho no site X”, isso pode parecer bobeira, mas faz um bem tremendo!

Os trabalhos escolhidos pelo grupo da lista e citados acima foram:
 

Fig. 25. Mônica Paixão.

Fig. 26 Gabriela Soares.

Fig. 27. Marcelo Silveira.

Fig. 28. Viviane Lucente.

 

Fig. 29. Trabalho sem autoria.


 

Considerações Finais

Uma lista de discussão é uma ferramenta interessante para troca de informações de modo assíncrono e, a partir da configuração de uma comunidade colaborativa virtual, transformada em Comunidade de Prática, mostra uma forma de organização e planejamento para um uso da ferramenta podendo ser aplicada tanto a EaD quanto ao e-Learning, de resultados efetivos. As comunidades virtuais de prática colaborativa, no sentido de serem “[...] antes de tudo, uma comunidade de pessoas [...], produtora de bens coletivos” [SOUZA, 2001] que, segundo Marc Smith [apud RHEINGOLD, 1999], são “relacionamentos sociais, conhecimento e comunhão de Interesses”, e tornam-se, a cada dia, mais presentes e necessárias à prática profissional, até mesmo de arte-educadores.

Bibliografia

RHEINGOLD, Howard. “The Virtual Community: Homesteading at the Electronic Frontier, 1993”. [on-line] Capturado em 3 de dezembro de 1999. Disponível em http://www.rheingold.com/vc/book/.
SOUZA, Renato Rocha. “Aprendizagem Colaborativa em Comunidades Virtuais”. Dissertação de Mestrado. [on-line] Capturado em 1 de março de 2001. Disponível em: http://www.sea.pucminas.br/html
 

Notas:

[1] Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Arte da UNESP/SP e Professora do Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da UNIP – Universidade Paulista – Campus Marginal Pinheiros.

[2] Ementa: “A partir da pré-história até a Contemporaneidade, abordando os principais estilos temáticos predominantes nas diferentes épocas. Como a disciplina desenvolve-se em dois semestres, o enfoque do primeiro momento será a introdução à arte – dos povos pré-históricos e primitivos à arte moderna e contemporânea – linha de tempo. Estudo de evolução das artes plásticas e das técnicas desde a pré-história até o século XIX. A ruptura na tradição. Busca de novos padrões. No segundo momento, termos: Arte experimental, os movimentos modernistas do século XX, a arte do século XXI e a pós-modernidade. A arte e o mundo digital. Propaganda e arte”. Ementa constante nos documentos do curso, datada de 04 de fevereiro de 2002.
[3] Objetivos: “Ao término da disciplina o aluno deverá estar apto a compreender a História da Arte como uma evolução sócio-cultural e entender a sua importância social e comunicacional compreendendo a arte como fator gerador e reflexo social e, assim, perceber sua importância na profissão escolhida”. Objetivos declarados nos documentos de Plano da Disciplina, datado de 04 de fevereiro de 2002.
[4]STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro:Ediouro, 1999. Tradução: Ângela Lobo de Andrade.5ª Ed.
[5] ARGAN, G.C. Arte e Crítica de arte. Lisboa:Editorial Estampa, 1988. Tradução: Helena Gubernatis. 1ª Ed.; ARGAN, G.C. & FAGIOLO, M. Guia de História da Arte. Lisboa:Estampa, 1992; ARNHEIM, R. Arte e percepção. São Paulo:Pioneira/EDUSP, 1980; BAUMGART, F. Breve história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1994; CHIPP, H.B. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1996; GOMBRICH, E.H. História da Arte. São Paulo:Círculo do Livro, 1972. Tradução: Álvaro Cabral; JANSON, H.W. e JANSON, A.E. Iniciação à História da Arte. São Paulo:Martins Fontes,  1996 e OSTROWER, F.P. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 14.Ed.
[6] Informação obtida junto ao grupo, no endereço http://br.groups.yahoo.com/group/arte-educar/members em 18 de janeiro de 2003.
[7] BARBOSA, Ana Mae Barbosa (Org.), São Paulo:Ed. Cortez, 2002. 184 págs.
[8] Material de uso coletivo: 02 sacos de lixo grandes, jornal velho para forrar superfícies, retalhos de tecido de algodão, potinhos de plástico ou vidro, pincéis, rolinhos de espuma para pintura, pequenos, removedor, barbante, pedaços de papelão liso e ondulado, goivas e formões pequenos (que eu levei os meus), estiletes, espátulas de manicure, espetos de churrasco, folhas verdes de plantas como samambaias, avencas, mangueiras, etc.
[9] Material individual: Tinta óleo (para tela) nas cores – azul, vermelho, amarelo, preto e branco; 04 folhas de papel canson branco ou bege A4, sabão de côco em barra (uma barra para cada dois alunos), bandejinhas de isopor (dessas de frios), avental e luvas (opcional, para protege as roupas), tesoura e cola.
[10] Foram feitas 29 fotos de toda a aula-oficina, as que não estão neste relato, podem ser vistas em http://www.jurema-sampaio.pro.br/aulas/FPJ/FPJ/6-fotos.htm
[11] Evento ocorrido entre os dias 28 de outubro e 01 de novembro de 2002, nas dependências da Faculdade.
[12] Os trabalhos podem ser vistos no endereço http://www.jurema-sampaio.pro.br/aulas/FPJ/FPJ/1.htm
[13] Todos os comentários estão nos arquivos do grupo, em http://br.groups.yahoo.com/group/arte-educar/message/14301, mensagens número 14301, 14302, 14303, 14305, 14307 e 14319.

Revista Digital Art& - ISSN 1806-2962 - Ano II - Número 01 - Abril de 2004 - Webmaster - Todos os Direitos Reservados

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