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Arte e educação: uma estratégia jesuítica para a catequização dos índios no Brasil colonial.
Autora: Roberta Bacellar Orazem[1] - roberta_bacellar@yahoo.com.br

Resumo: Os jesuítas tiveram uma grande responsabilidade sobre a educação colonial no Brasil. Para se entender o projeto pedagógico jesuítico, deve-se estudar o imaginário colonial. Os inacianos concebiam uma educação pública com ensino elementar. Existiram dois tipos de ensino: nos colégios e nas aldeias, onde se ensinava aos filhos de colonos e aos índios, sendo muito pouco o contato dos missionários com os negros. Esse trabalho prioriza a catequização indígena no Brasil colonial. O principal objetivo do artigo é o descrever como os missionários utilizariam a arte junto à educação como estratégia de catequização. A arte é cultura, podendo ser apropriada para a educação. Os jesuítas entendiam que a arte no sentido escolástico estava acessível a todos. A educação jesuítica na Europa, além de ter sido diversificada, absorveu conceitos do maneirismo e do início do barroco, baseando-se também em antecedentes na Idade Média. A arquitetura e a escultura serviram como estratégia de catequização dos indígenas, assim como o uso das linguagens artísticas: música, dança e teatro. Estes processos facilitaram o sincretismo cultural e serviram para adaptar os índios ao sistema civilizado europeu cristão. Porém, os missionários foram interrompidos a partir de sua expulsão com o decreto Pombalino no século XVIII.    

Palavras chave: arte, catequização indígena, jesuítas, Brasil colonial.

Abstract: The Jesuits took a great responsibility for the colonial education in Brazil. In order to understand the Jesuits’ pedagogical project, one must study the colonial imaginary. Inacians conceived public education as elementary teaching. There were two ways of teaching: in schools and in the villages, in which both the colonists children and the native indians were taught. Little contact was made by the missionaries with the black people. This article is about native indians catechism in Colonial Brazil. The main objective is to describe how the missionaries used art plus education as a catechizing strategy. Art is culture, so it can be appropriated for education. Jesuits acklowledged art in the scholastic sense as being accessible to all. The Jesuit education in Europe, beyond being diversified, took concepts from Maneirism, from the early Baroque, and from prior Medium Age as well. Architecture and Sculpture worked as catechizing strategies, in addtion to the use of artistic languages: music, dance and theater. Those processes facilitated cultural sincretism and provided the native indians with the adaptation to the Christian European civilized system. However, the missionaries were interrupted and expelled due to the Pombalin Decree in XVIII Century.

Keywords: art, native indians catechizing, Jesuits, Colonial Brazil.

O período colonial no Brasil, a partir do ano de 1530, foi um marco, não só da ocupação territorial, mas também da inserção do sentimento de educação na colônia. Priore (2004, p. 9) conta que nos primeiros anos vieram religiosos para reconhecer o local e rezar missas, o que serviu para reforçar a idéia de catequização dos índios, já que o Império português estava muito ligado às concessões do poder de Roma e aceitava as mudanças e decisões provenientes da Contra-Reforma. Assim, foram os seguidores de Inácio de Loyola[2] que tiveram mais destaque no setor educacional durante quase todo o período colonial.

Figura 1 – Obra do artista Victor Meirelles representando a Primeira Missa no Brasil dos jesuítas. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Victor_Meirelles04.jpg

Ainda, Priore (2004, p.10) relata que “até 1580 os jesuítas tiveram exclusividade na ação religiosa no Brasil, como missionários ‘oficiais’ da Coroa”. Com a vinda de outras ordens religiosas, o atendimento às necessidades espirituais dos colonos e o processo de urbanização das cidades foram supridos, porém, a educação, principalmente a catequese indígena, ficou como responsabilidade quase total dos jesuítas, até a sua expulsão no século XVIII.

 

Muitos estudiosos, principalmente os historiadores, afirmam que, para se entender o projeto pedagógico jesuítico, deve-se adentrar em seu imaginário colonial. Flores (2003) revela, de forma apropriada, o universo jesuítico, a partir de pesquisas nos textos da época construídos principalmente pelos próprios missionários. De acordo com o autor, os jesuítas tinham uma missão pré-definida, onde estavam contidas as idéias de: um cristianismo universal, sendo atingível a todos; um objetivo de unir o sagrado e o profano através de suas pontes de ligação; entender que os povos já existentes no Brasil estavam perdidos e distantes de Deus; que se deveria ler, representar e interpretar a palavra divina; que se decifraria o mundo desconhecido e o inseriria no universo cristão; um controle do saber e do poder traduzia-se no controle das práticas profanas; a civilização portuguesa cristã era o único modelo a ser seguido pelos infiéis. Ainda, Paiva (2003) adentra na concepção de entendimento do imaginário jesuítico e sociedade colonial, reforçando que houve uma adaptação dos jesuítas às outras culturas; e que isto foi interessante para a época, a partir do momento em que o modelo colonial tomava as áreas da vida social.

A partir dessas idéias, entende-se que o projeto pedagógico dos jesuítas no Brasil concebia a intenção de uma educação pública, sendo pioneiro neste sentido com o ensino elementar no Brasil. Este ensino, a exemplo de Paiva (2003, p.43) resume-se em ler, escrever, contar e cantar; e na concepção de Azevedo (1996, p. 500) revela-se, de forma semelhante, como sendo o processo de ler, escrever, contar e falar português. Ainda nessa evolução, havia duas estruturas educacionais dos jesuítas: as aldeias e os colégios. Na primeira, agrupavam-se índios de diferentes culturas em um só local afim de catequizá-los e civilizá-los num padrão europeu cristão. Já nos colégios, de início, praticava-se o ensino elementar aos índios e aos filhos de colonos. Mais tarde, no século XVII, os missionários resolveram destituir essa união, afastando os índios dos colégios, mas continuando com a educação dos filhos dos abastados, principalmente, com a preparação de novos missionários. Com relação aos negros, por algum tempo não foi permitido seu acesso à educação, pois até mesmo os inacianos, em seu contexto colonial, entendiam ser a escravidão negra um fator natural e imprescindível para o sistema colonial. Os jesuítas lutaram para convencer o reino português a abolir a escravidão indígena, com isso agregando inimigos na sociedade colonial e até mesmo em outras ordens religiosas que utilizavam esse sistema para meios econômicos e sociais. Segundo Priore (2004, p. 12) somente no ano de 1686 o rei de Portugal determinou a aceitação dos negros nos colégios jesuíticos.

Assim, o processo de catequização indígena se destaca como predominante no sistema educacional jesuítico, através do maior contato no dia-a-dia colonial com esses povos infiéis, pois, segundo Priore (2004, p.15-16) “no alvará régio de 9 de abril de 1655, Dom João IV reafirmava ser a Companhia de Jesus a única autoridade competente para tratar de assuntos referentes aos indígenas”. Além disso, foi na educação em aldeias que os missionários tiveram que utilizar métodos persuasivos, de cunho estratégico e, muitas vezes, improvisados de forma criativa, para se adaptar à cultura estrangeira, com o objetivo de impor a cultura portuguesa cristã. Segundo Sala (2002. p.17) “de todas as ordens religiosas que se instalaram no Brasil no primeiro século de nossa história a que melhor soube dotar seus membros de equipamento intelectual adequado à sua missão foi o jesuítico”.

A primeira questão que a Companhia de Jesus teve que resolver, a partir de sua vinda no ano de 1549[3], foi o contato com a língua profana dos índios, já que para os jesuítas a língua de Deus era uma só, sendo o latim escolhido pela religião cristã para uso da palavra divina. Como primeira estratégia, segundo conta Aranha (1996, p.100) “os padres aprendem a língua tupi-guarani e elaboram os textos para a catequese, ficando a cargo de Anchieta a organização de uma gramática tupi”.

Figura 2 – Capa do livro do padre jesuíta José de Anchieta: “A arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil” – o livro que comenta sobre a indígena língua tupi-guarani. Fonte: Fundação Biblioteca Nacional - setor de obras raras (http://www.bn.br)

Sendo assim, optou-se por uma língua geral, que atingisse a comunicação com culturas de diferentes línguas profanas. Dever-se-ia fazer essa intermediação, uma vez que era necessário inserir o estudo do latim para a conversão cristã – língua sagrada - e do português para o convívio elementar em sociedade – língua civilizada. A agilidade dos missionários em apreender a língua tupi está ligada ao fato de que, na Europa, os jesuítas tinham uma educação diversificada, onde se aprendia o latim e mais três línguas. Esse aspecto, que segundo Sala (2002, p.14) era um “preparo para a vida”, influenciou não somente na absorção do tupi, mas também possibilitou a construção de outras estratégias para a realização da catequese no Brasil. 

Sabe-se que a arte sempre esteve ligada à vida humana, já que é fruto dela e instrumento de auto-afirmação da sociedade. Esta utiliza a arte como forma de criticar a si própria. Sendo assim, representa de forma objetiva as características do seu momento histórico, ao mesmo tempo em que, de forma  subjetiva, nega-o, tornando-se objeto de reflexão. Elias (1995, p.49) chama a atenção para o entendimento do processo artístico completo, existindo três momentos cruciais de concepção da arte, que são: quando o artista capta o tema a ser criado; surge a obra finalizada e sua exposição; e o observador apropria-se desse objeto para refletir sobre seu conteúdo. O autor ainda entende que a arte humaniza, pois faz parte de um processo socializador, já que proporciona a junção de indivíduos com idéias separadas em coletividades o seguinte trecho ilustra tal conceituação:

Aqui, os usuários da arte não constituem um agregado de consumidores individuais, cada qual relativamente bem individualizado, personificado, isoladamente dos outros, o instrumento, em que a pessoa ressoa a obra de arte. Ao contrário, a arte está ligada a receptores que, independentemente da ocasião em que as obras de artes são apresentadas, formam um grupo fortemente integrado. O lugar e a função que a obra de arte tem para o seu grupo, derivam de ocasiões determinadas em que este se reúne – por exemplo, na apresentação de uma ópera. Portanto, uma das funções importantes da obra de arte é ser uma maneira de a sociedade se exibir, como grupo e como uma série de indivíduos dentro de um grupo. (ELIAS, 1995, p.49).

Portanto, pode-se afirmar que arte é cultura, exercendo o papel de educação na sociedade. No período colonial no Brasil não foi diferente, os jesuítas apropriam-se da arte como estratégia do intermédio educacional, fazendo uso desse meio para chegar ao objetivo da catequese dos índios.

Para isso, foram necessárias algumas concepções que foram apreendidas pelos jesuítas desde a sua formação missionária na Europa. Sabe-se que os missionários tinham como concepção o fato de que os artistas não tinham um dom divino para conceber a arte, ao contrário, entendiam que qualquer ser humano poderia concebê-la, apropriando-se do fazer artístico. Porém, Sala (2004, p.18-19) afirma que, para os jesuítas, a arte tinha um sentido escolástico, pois estava acessível a todos, contanto que se tivesse intenção religiosa.

A formação jesuítica, baseada nos preceitos reformulados da Idade Média, possibilitou aos missionários realizar releituras, apropriando-se de conceitos simbólicos como: o bem e o mal; o claro e o escuro; a luz e as trevas. No período em que os inacianos começavam a vir para o Brasil, a sociedade portuguesa não só mudava no campo da religião, mas sim como um todo, ou seja, encontrava-se em fase de transição cultural. O início do século XVI trouxe transformações e, com isso, os missionários trouxeram essas mudanças para o novo continente, refletindo o início dos conceitos do barroco. Mas como tratava-se de uma época de transição, os jesuítas também trouxeram tradições do maneirismo, que tinha ainda alguma influência do período renascentista.

Sendo assim, outra estratégia utilizada pelos missionários, principalmente com o intuito de se envolver com os índios, foi a questão da arquitetura e de suas construções. Isso é importante porque dentre a gama de conhecimentos dos jesuítas estava o aprendizado de técnicas manuais. Para se erguer as igrejas[4], os missionários utilizavam materiais do local, por mais precários que fossem, realizando construções bem simplificadas. Para tal, algumas vezes foi solicitada a vinda de especialistas da Europa (isto não aconteceu muito no século XVII, pois os jesuítas ainda não tinham muitos recursos financeiros para construir). Durante o processo, após ter conseguido aproximação com o índio, o jesuíta solicitava sua ajuda para reformar ou construir mais edifícios (colégios e igrejas)[5]. Assim, com o tempo os nativos aprendiam o ofício das artes manuais e chegavam até a manifestar na arquitetura elementos de sua cultura, provocando uma interação de temáticas européias com o imaginário indígena. Gasparini (1997, p.44) cita a diferença da intenção da arquitetura barroca na Europa e na América, sendo o primeiro resultado da Contra-Reforma e dos princípios burgueses, já na segunda houve uma pluralidade cultural, na intenção de impor o catolicismo.

No interior da igreja, para atrair os infiéis e mantê-los interessados no santuário de Deus, os missionários utilizavam mais a escultura, apropriando-se muito pouco da pintura. A imagem deveria ser a mais realista e emotiva possível, com expressões faciais (conotando dramatização) e com movimentação nos corpos dos personagens (santos, anjos, atlantes, cariátides[6], etc).

Figura 3 – Detalhe do púlpito da antiga igreja dos jesuítas em Salvador/BA – atual Catedral da cidade – escultura de uma cariátide barroca. Fonte: Roberta Bacellar Orazem.

As igrejas eram guardiãs das artes e do saber, a ser transmitido para os infiéis. Essa atitude jesuítica, segundo Tirapelli & Pfeiffer (2001, p.18-19) surgiu da exigência da Contra-Reforma, a partir de 1562, através da ativação do II Conselho de Nicéia (do ano de 787), a partir do qual se adotou o conceito de didática através da imagem. Outro fato foi o envolvimento dos missionários, conseqüentemente da Igreja católica da época, em retomar preceitos da Idade Média, tendo como inspiração o período gótico, momento em que a população era em sua maioria analfabeta e a igreja catequizava os fiéis através da leitura das imagens e da arquitetura dos prédios.

Figura 4 – Arte gótica representada pelas esculturas da fachada da Catedral de Notre Dame na França. Fonte: http://www.sxc.hu

Apesar dos jesuítas, principalmente os portugueses, seguirem fielmente os preceitos católicos romanos, pensaram em trazer essa forma de educação para os nativos no Brasil. Ainda, percebe-se que as imagens escultóricas das igrejas jesuíticas no Brasil possuem características do sincretismo cultural, já que também podiam ser feitas pelos índios e conter feições nativas (mestiças ou caboclas), estratégia para que os infiéis se identificassem com a nova religião.

Esse mesmo objetivo aparece em outras estratégias de catequização com o auxílio das artes, sendo a dança, a música e o teatro também apropriados pelos missionários. Logo que chegaram ao Brasil, espantaram-se quando conheceram a música, a dança e o canto indígenas, achando essas manifestações de cunho profano. Para eles, as canções eram lascivas, assim, ensinaram os curumins a recitar orações cantadas.

Os instrumentos musicais locais eram feitos de ossos e madeira, tendo, para os missionários, sons tenebrosos. Assim, para civilizar nos moldes europeus cristãos, foi imposto aos nativos o ensino da construção e uso do fagote, do cravo e do órgão, instrumentos utilizados na Europa; e que utilizaram em apresentações - nos colégios e igrejas - de músicas eruditas cristãs, ensinando-lhes o bom gosto e o refinamento social. D’Araújo (2000, p.198-199) relata que eram constantes as apresentações de coros com os curumins e as danças indígenas nas missas. Segundo o autor, a Capela jesuítica da Sé - na Bahia – foi o primeiro local de ensino de música no Brasil colônia, utilizando este artifício para o primeiro meio de catequese, pois se acreditava que a melodia afugenta o demônio. Ainda, D’Araújo (2000, p.216-217) relata indícios de escolas e professores de música jesuítas para a catequese na região de Pernambuco, durante o período colonial.

Outro método artístico utilizado pelos missionários foi o teatro, sendo considerado por muitos autores uma das primeiras e mais completas formas de catequização jesuítica. Reuniam-se grupos, geralmente de crianças indígenas, para se ensaiar as peças escritas pelos missionários a partir do que observavam na vida dos nativos. Com isso, os padres tematizavam o cotidiano indígena, inserindo censura através da moral e dos bons costumes europeus cristãos. Nas cenas, adaptava-se a vida selvagem para uma vida mais civilizada, criticando assuntos como bigamia, sodomia, nudez, dentre outros. As peças eram apresentadas para todo o aldeamento (os padres também participavam da encenação), sendo muitas vezes gratificante para os missionários, pois os índios assimilavam os temas porque apreciavam a interação artística que a linguagem teatral proporcionava. Segundo D’Araújo (2000, p.28), o teatro foi utilizado antes mesmo de se ensinar a ler, escrever e contar, a fim de se ter mais aceitação dos nativos, tendo em 1530 o primeiro teatro com missa na Bahia.

Priore (1996, p.10) conta que, no período de 1550, o primeiro bispo do Brasil – dom Pero Fernandes Sardinha – não admitia a maneira pela qual os padres estavam realizando a catequese:

Escandalizava-o a tolerância para com a nudez dos índios, a confissão realizada por meio de intérpretes, o hábito de misturarem as cerimônias litúrgicas com cantos e danças indígenas. Para ele, a animalidade dos índios era tanta que o próprio Deus não haveria de querê-los como ovelhas de seu curral.

Sendo assim, a estratégia jesuítica de unir arte com a educação, mesmo encontrando muitas dificuldades, teve um mérito considerável para o objetivo de catequização dos índios. Tirapelli e Pfeiffer (2001) contam que a flexibilidade e a sensibilidade dos missionários possibilitaram a mudança da frieza que estes representavam, como provenientes de educação européia cristã e tomando-se aos poucos de criatividade em suas atividades missionárias. Esse esforço foi necessário para que a conversão indígena ocorresse e, portanto, pode-se dizer que todos os objetivos dos missionários foram cumpridos. Porém, com o decreto do marquês de Pombal, político português do século XVIII, a cultura colonial se modificou, ocorrendo a expulsão dos jesuítas do Brasil. Tirapelli & Pfeiffer (2001, p.35) afirmam que, com essas mudanças, a evolução da arquitetura foi interrompida pela ausência dos missionários. Já Azevedo (1996, p.524) comenta que este fato ocasionou uma “destruição pura e simples de todo o sistema colonial do ensino jesuítico”. Ao contrário desses autores, entende-se que cada momento tem sua contribuição: houve o período de progresso significativo pela educação jesuítica, mas com sua ausência, a educação e demais fatores da vida social do Brasil continuaram evoluindo com o apoio de Portugal e de outras ordens missionárias da igreja católica no Brasil.

Referências:

ARANHA, M.L. A. História da educação. São Paulo: Editora Moderna, 1996. 256p.

AZEVEDO, F. A cultura brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ; Brasília: UNB, 1996. 840p.

D’ARAÚJO, A.L. Arte no Brasil colonial. Rio de Janeiro: Revan, 2000. 272p.

ELIAS, N. Mozart sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995. 152p.

FLORES, L.F.B.N. O altar e a coroa iluminada: a educação de colonos e colonizados. In: MAGALDI, A. M.; ALVES, C.; GONDRA, J. G. Educação no Brasil: história, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF, 2003. p.99-116.

GASPARINI, G. A arquitetura barroca latino-americana: uma persuasiva retórica provincial. In: ÁVILA, Affonso. Barroco - teoria e análise. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, 1997. p.43-56.

PAIVA, J.M. Educação jesuítica no Brasil colonial. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C.G. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p.43-59.

PRIORE, M.L.M. Religião e religiosidade no Brasil colonial. São Paulo: Ática, 2004. 72p.

SALA, D. Ensaios sobre arte colonial luso-brasileira. São Paulo: Landy Editora, 2002. 104p.

TIRAPELLI, P.; PFEIFFER, W.. As mais belas igrejas do Brasil. São Paulo: Metalivros, 2001. 299p.

Notas:

[1] Formada no curso de artes licenciatura plena em artes visuais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e designer gráfico formada pela Universidade Tiradentes (UNIT).

[2] O fundador da Companhia de Jesus tinha como pressuposto a Contra-Reforma e como missionários os jesuítas.

[3] PRIORE (2004, p.10-11) informa que a primeira vinda da Companhia de Jesus ao Brasil foi a pedido do rei de Portugal em embarcações junto ao primeiro governador Tomé de Souza para a Bahia. Mais adiante, a autora afirma que no ano 1580 já existiam 70 jesuítas atuando na educação no Brasil.

[4] Edificadas em um local de destaque – no centro ou em cima do morro mais alto – destoando-se da paisagem natural para provocar vislumbramento e/ou provocar a curiosidade dos nativos.

[5] A base para a construção era as imagens que os missionários traziam da Europa através de gravuras de outras igrejas, principalmente de Portugal,  contidas em materiais litúrgicos como os missais ou em bíblias.

[6] Atlantes são esculturas masculinas que sustentam algum elemento arquitetônico - como uma coluna - sob ou sobre as costas, cariátides são as representações femininas de atlantes.

 

Revista Digital Art& - ISSN 1806-2962 - Ano IV - Número 05 - Abril de 2006 - Webmaster - Todos os Direitos Reservados
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