:: Trocando Figurinhas ::

Caros leitores (as),

Mostramos nesta edição algumas possibilidades de trabalho apropriadas às aulas de Arte em ambientes digitais.

Geralmente, quando um professor de Arte planeja aulas para serem desenvolvidas com o uso de computadores e Internet, as primeiras idéias que surgem são o uso de editores gráficos para criação de imagens digitais e também tarefas de pesquisas biográficas ou sobre movimentos artísticos e, é claro, a leitura de reproduções das obras originais disponíveis na rede. As três opções são excelentes soluções, tanto para a falta de material disponível nas escolas para produção artística e pesquisas de nossos alunos, como também para suprir a falta de material destinado aos professores, especialmente reproduções de obras em papel de boa qualidade a preços acessíveis. No entanto, há outros bons recursos disponíveis na Internet que diversificam e enriquecem nosso trabalho, assim como as produções práticas e o conhecimento teórico de nossos alunos.

Mitos que vêm da mata - O SESC disponibiliza em seu site várias atividades sobre mitos e lendas em sua área infantil SESC CURUMIM, na sub-área Mitos que vêm da mata(Fig.1).  

É possível ouvir a narração das lendas estando conectado no site.  Os jogos podem ser baixados e instalados nas escolas, em rede. Há cinco temas: A noite do lobisomem,

Quem tem medo do bicho-papão? , Curupira: O guardião das Matas, Mistérios da Iara e Vamos prender o Saci?

Cada jogo apresenta inicialmente uma animação com áudio que traz a explicação sobre o mito e a seguir surge uma série de jogos interativos, nos quais o jogador é desafiado a utilizar seus conhecimentos sobre o assunto.

No jogo do Curupira, por exemplo, há caça-palavras (Fig.2) relacionadas à natureza e outra atividade (Fig.3) em que o usuário deve clicar sobre cenas que mostram ações prejudiciais ao meio ambiente. Ao clicar, aparece o Curupira combatendo os inimigos da natureza.

Sugiro que primeiramente o professor apresente os jogos projetando-os com o data-show e realize a interação por alguns minutos, mostrando aos alunos como funcionam, para então jogarem individualmente.

Recomendo que utilizem fones de ouvido, pois o som é intenso quando todos os computadores rodam os jogos.

As cinco atividades dão a oportunidade de trabalhar interdisciplinarmente, costumam cativar alunos das oito séries do Ensino Fundamental e são adequados inclusive na formação de Professores que atuem com alunos nessa fase.

Os professores podem utilizar esses recursos tanto no início, no decorrer do desenvolvimento do conteúdo, como também no final, encerrando o assunto.

Mr. Picassohead – O site apresenta uma atividade interativa (Fig.4) com a qual o usuário cria rostos seguindo o estilo cubista. O site está em inglês, mas é muito fácil de usar, além de ser um detalhe que pode gerar trabalhos interdisciplinares.

Estão à disposição no menu esquerdo(Fig.5) vários modelos de todas as partes do rosto, além de formas abstratas, que são arrastadas para a tela virtual à direita, onde compomos a imagem. No menu inferior(Fig.6) encontramos a paleta de cores e ferramentas para colorir, redimensionar, rotacionar, inverter e sobrepor os elementos que colocamos na imagem.

Depois de pronta, a figura pode ser enviada para uma conta de e-mail ou publicada na galeria do site.

As criações costumam resultar mais interessantes quando os alunos já têm conhecimento prévio sobre Cubismo, tendo estudado o assunto e apreciado algumas obras ou reproduções. É interessante imprimir as produções e criar variações em outros suportes, introduzindo elementos e materiais novos.

Outro desdobramento do trabalho pode ocorrer publicando as imagens num blog para que os alunos analisem as obras seguindo um roteiro pré-estabelecido pelo professor e registrem ali suas opiniões, isso vale inclusive como uma prova, uma avaliação formal do conteúdo desenvolvido.

Fig. 01

Fig. 02

Fig. 03

Fig. 04

Fig. 05

Fig. 06

É fundamental, no entanto, que o professor pesquise, experimente esses recursos antes de aplicá-los com seus alunos e estabeleça roteiros de trabalho em cada etapa das atividades. Caso contrário, o objetivo não será alcançado, pois, nos ambientes digitais, é muito fácil perder o rumo, divagar e afastar-se da proposta inicial. Os alunos têm de ser dirigidos, orientados a cada fase para que consigam atingir os objetivos propostos pelo professor.

Caso tenha experiências ou sugestões com trabalhos desse tipo, entre em contato conosco e leia também o “Projetos Pedagógicos” e o “Fala Professor”.

Editora Responsável: Mercedes Frigola

Revista Digital Art& - ISSN 1806-2962 - Ano VI - Número 10 - Novembro de 2008 - Webmaster - Todos os Direitos Reservados